Bariloche: andando pela neve sob a luz do luar
Imagine andar de noite pela neve, com lanternas na cabeça. Poucas pessoas, menos de 20. Um passeio nas alturas, em que tivemos a sorte de ter a lua como companheira, uma noite aberta, linda, com Bariloche muitas centenas de metros a nossos pés. Ao final, um museu com o refúgio do pioneiro do esqui nessas montanhas, Otto Meiling, e um delicioso jantar com música argentina típica ao fundo. Esse foi o passeio de Caminhada Noturna e Tango que fizemos em Bariloche, que fiz com a Sabrina, do site Bariloche para Brasileiros e com a agência Select Travel Bariloche. Olha o vídeo que fiz sobre o passeio.
O ônibus nos pegou na cabana às 8h15. Às 9h15, começamos a subir de ônibus a montanha de Piedras Blancas e ao Cerro Otto, em Bariloche, que já havíamos subido de dia, pois tínhamos passado aquele dia inteiro em Piedras Blancas. Um pouco depois de Piedras Blancas, o ônibus pára. Éramos 17 pessoas, sendo sete pessoas de nosso grupo: (4 adultos e 3 crianças de 8 a 11 anos). Os outros eram casais. O guia nos entrega lanternas de cabeça e começamos a andar na neve.
Começamos a andar numa trilha de neve muito tranquila, em que só escutávamos o barulho de nossos passos na neve. Em um determinado momento, o guia desligou nossas lanternas, para sentirmos a força da cidade lá embaixo. Só o barulho dos cachorros de Bariloche nos acompanhou.
Esse passeio tem ainda um atrativo a mais: é o caminho que Otto Meiling, o pioneiro do esqui em Bariloche, percorria todos os dias. Segundo o guia, Otto não aguentava a “multidão” de Bariloche na época, uns 2 mil habitantes, e resolveu viver no meio da montanha. Agora, são 130 mil. Imagina como estaria Otto num dia cheio de turistas em Bariloche?
Otto era alemão, mas se mudou novo para lá e fundou o Club Andino Bariloche, fabricando seus próprios esquis, com madeira do lugar. Nesse passeio incrível no meio da noite e da neve, chegamos a sua casa, que foi transformada em um pequeno museu. Ali vimos como vivia sem quase nenhuma comodidade, inclusive tinha um quarto de hóspedes, que devia ser muito, muito frio. Quando vi aquilo, pensei: “na boa, eu abro mão de ser hóspede de Otto Meiling (rsrsrs)”.
Essa caminhada na noite não dura mais do que 20 minutos e inclui uma lareira com licor em homenagem a Otto. Não é um passeio difícil e eu garanto: qualquer um pode fazer tranquilamente.
Jantar no Refúgio Berghof
O final do passeio é o Refúgio Berghof, que era uma escola de esqui, agora transformada num elegante e aconchegante restaurante para pouquíssimas pessoas, com uma lareira para aquecer os turistas. Como nosso grupo tinha sete pessoas, dividimos a mesa, mas os demais turistas devem compartilhar as mesas, o que é muito agradável, com as janelas com vistas a Bariloche ao fundo. O clima do lugar era simplesmente sensacional. O jantar (com entrada, prato principal e sobremesa) e uma bebida estão incluídos no passeio. Durante o jantar, música típica argentina ao vivo, um senhor cantando tango, simplesmente sensacional. Sinceramente? Inesquecível!
Na volta, não há mais caminhadas, entramos no ônibus e chegamos a nossa cabana à meia noite e meia, os meninos já dormindo. Dormimos com a sensação de ter vivido um momento especial, desses que poucos têm o privilégio de viver…
Quer mais dicas de Bariloche? Veja o Guia Essencial de Bariloche e Villa la Angostura.
Serviço: cada adulto paga 1500 pesos, as crianças, 1125.
Adriana Magalhães, autora do blog, curtiu o passeio como cortesia do Bariloche para Brasileiros, pela qual agradece muitíssimo. Mas fique tranquilo: as opiniões refletidas aqui são fruto de sua experiência pessoal, são um relato imparcial, sempre respeitando o leitor.
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