Praias desertas de areia branquinha no Pará: Rio Arapiuns
O segundo passeio que fizemos de barco em Alter do Chão foi para o Rio Arapiuns. Fizemos o passeio com a Cuicuera Tours, e custou R$ 200 por pessoa. A lancha é nova e bem conservada e tem água e frutas à vontade para os turistas. Se você quiser, pode comprar sua cerveja ou vinho e deixar lá no cooler deles.
- O primeiro passeio de barco que fizemos foi para o Canal do Jari, veja aqui como foi.
- Aqui você fica sabendo tudo sobre Alter do Chão.
O Rio Arapiuns fica localizado à margem esquerda do rio Tapajós. Temos que atravessar o rio, em alguns pontos são mais de 20km de distância entre uma margem e outra, nem dá para ver o outro lado. No dia do nosso passeio, em outubro de 2022, o rio estava muito batido e a lancha foi quicando nas ondas, todo mundo ficou molhado. Nessa época de seca, são várias as faixas de areia branquíssima no meio do rio, o nosso barqueiro ia parando em algumas delas para que pudéssemos passear e tomar um banho delicioso de rio, uns 30 a 40 minutos cada parada.
Depois, fomos visitar a comunidade ribeirinha do Coroca. Como o rio estava baixo, o barco parou um pouco distante da praia e fomos caminhando.
A comunidade Coroca
Cerca de 20 famílias vivem nessa comunidade e têm um programa de integração com o turismo em áreas protegidas. Dessa forma, preservando o estilo de vida e o meio ambiente, essas famílias geram sua renda.
Fomos recebidos no centro de atividades da comunidade e restaurante, um lugar agradável bem na beira do rio, onde nos serviram uma refeição caseira porém divina: 3 tipos de peixe (pirarucu, tucunaré e surubim), com os acompanhamentos mais deliciosos!!! Comemos até cansar!
O passeio e almoço na comunidade do Coroca não estavam incluídos, custavam R$ 50 por pessoa.
Lá você pode comprar bebidas também.
Visitando centenas de tartarugas
Depois do almoço, um senhor que era guia da comunidade nos levou para o passeio. Chegamos ao lago do Coroca, onde são criadas centenas de tartarugas da Amazônia. Essa espécie se livrou da extinção e está protegida graças a projetos como este.
Entramos numa espécie de balsa coberta e as tartarugas nos cercaram. Daí, começamos a dar o alimento para elas, que se amontoavam para pegar. Muito lindo saber que a intenção inicial da comunidade era criar as tartarugas para abater, mas eles perceberam que era muito mais vantajoso em todos os aspectos explorar apenas turisticamente essas tartarugas, de uma forma segura.
Mel de abelhas sem ferrão
Continuamos o passeio e ele nos apresentou às casinhas das abelhas sem ferrão. Lá eles produzem mel da comunidade, tanto para consumo próprio quanto para venda. O guia nos falou com orgulho dessa produção, nos mostrou as abelhas trabalhando, quando a gente vê uma colmeia por dentro.
Depois nós fomos levados para a lojinha da comunidade, um lugar bem organizado, onde são expostos vários produtos artesanais feitos com palha, os trançados de Arapiuns. Cada coisa mais linda e colorida, o preço não é caro, e nos produtos as etiquetas mostram quem é o artesão.
No final, voltamos para a frente do restaurante onde tem um redário. Peça para seu guia te acordar, porque o sono naquela redinha na beira do rio é incontrolável.
Pegamos a lancha de volta para Alter do Chão, no por-do-sol na Ponta do Cururu.
Alter do Chão com certeza é um dos meus top 3 no Brasil, inclusive já estou com viagem marcada e amei o seu post cheio de carisma. Mega abraço ❤️❤️❤️
Um dos lugares mais TOP do Brasil