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Prepare-se: nesse passeio de um dia no Deserto do Atacama, você vai subir a 4.800 m de altitude. É alto, pode dar algumas reações em pessoas mais sensíveis, e faz muito frio.

Dito isso, digo também que as paisagens são espetaculares (como tudo no Atacama). 

A van da empresa Latchir nos pegou na nossa pousada (Hostal Katari) às 8h da manhã.

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Éramos somente nós 4 de nossa família + 3 piauienses que estavam no Atacama pela primeira vez. 

A van começa a subir a estrada que margeia o maravilhoso vulcão Licancabur (cartão postal do Atacama) e segue em direção à Bolívia e à Argentina. São muuuuitos caminhões no caminho. 

Café da manhã ao lado do vulcão Licancabur

Paramos bem ao lado do vulcão, já numa altitude considerável, para tomar café da manhã organizado pela agência. O guia Daniel também disse que a parada era importante para o corpo ir se acostumando à altitude do dia. 

Testigos (ou Guardianes) de la Pacana

Depois do café, seguimos viagem, subindo subindo subindo… Vendo paisagens incríveis. A van sai da estrada quando já avistamos as formações rochosas totalmente inusitadas que são os Testigos de la Pacana. Entramos numas formações rochosas e o guia nos diz que ali vai ser o único banheiro da excursão. Ao ar livre, na paisagem mais linda possível. Ainda bem que eu tinha levado lenço umedecido, e claro, um saco para guardar o lixo. Então é bom saber que esse passeio só tem essa opção de banheiro (#ficaadica).

E sempre à nossa frente, o maior guardião de la Pacana, uma imensa pedra em formato fálico, cuja dimensão só podemos avaliar quando comparamos ao tamanho de uma pessoa. Olhe a foto que não me deixa mentir.

Os testigos ficam na Reserva Nacional los Flamingos. Fomos caminhando dos “banheiros” até lá, e o guia nos falando de pessoas que vão em veículos próprios, entram em caminhos que não conhecem e o carro atola, o que pode ser mortal estando no meio do deserto. 

Perigos do Deserto do Atacama

Nesse momento, sem mentira nenhuma, apareceu um cara desesperado ao nosso lado. Ele estava numa kombi super colorida com a qual tínhamos cruzado algumas vezes. E fez exatamente o que o guia tinha falado pra não fazer: entrou num caminho que não conhecia e o carro atolou na areia. Pense num desespero do cara. O guia disse que não ia colocar o nosso grupo em risco para ir ajudar ele. 

Mas o motorista da empresa era bem experiente, levou o carro até lá e ajudou a desatolar a kombi. Ainda bem que deu tudo certo. Mais um motivo para eu nunca ter pensado em fazer passeios por conta própria no Atacama.  

Salar de Tara fechado

Ali em frente começa o Salar de Tara, que já foi uma das maiores atrações do Atacama, mas que hoje em dia está fechado (fui em julho 2019). A informação é que a quantidade de turistas estava degradando a região, e foi preciso fechar para preservar. 

Mas seguimos em frente para outros caminhos, voltando à estrada asfaltada, parando em miradores lindos como o Mirador Salar de Loyoques. Montanhas, cores, muitas cores contrastando com o céu azul, subindo subindo subindo. Vimos lagos congelados com patinhos andando em cima do gelo (o meu Léo surtou com a cena). Vimos zorros cruzando a estrada. Lembre-se que estávamos no inverno (julho de 2019) e o frio era cortante. Passamos pelo Salar de Águas Calientes e pela Laguna Diamante.

Almoço e vinho no meio do nada

Saímos da estrada novamente e paramos num lugar com vista espetacular de um lago e antiga usina de salitre. Ali perto vive um cara sozinho, não consigo nem imaginar o que é viver sozinho naquela imensidão e naquele lugar totalmente inóspito. 

A van parou num lugar maravilhoso, eles arrumaram a mesa lindamente com nossa salada com frango, uma delícia. Para as crianças, tinha suco. Para nós, vinho!

Demos uma leve caminhada depois do almoço para movimentar um pouco, lembrando que estávamos a mais de 4.500m de altitude. Eu não sinto nada com grandes altitudes, mas bate um cansaço na hora de andar. 

Depois disso, entramos novamente na van e voltamos a San Pedro de Atacama por volta das 14h.

Serviço

Por esse passeio, cada um de minha família pagou 50 mil pesos chilenos, cerca de R$ 272.

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