Normandia: uma overdose de guerra para valorizar a paz
Aqui em casa, o grande especialista e interessado da Segunda Guerra Mundial e o famoso Dia D é o meu marido Bruno. Por isso, eu achava que a visita à Normandia, na França, para vivenciar aqueles lugares que mudaram de uma maneira dolorosa a história da humanidade, só iam interessar a ele. Eu estava redondamente enganada.
A Normandia é uma aula de história, um apelo à paz, em meio a lugares lindos, bucólicos, históricos, onde nem de longe se imagina o horror que aconteceu ali 71 anos atrás, durante o desembarque das tropas aliadas naquelas praias calmas.
As praias do desembarque na Normandia ficam num espaço de 80km que se pode percorrer perfeitamente num dia, ou em dois, com mais calma. Veja o Mapa da Normandia abaixo.
Onde se hospedar na Normandia
Escolhi montar base numa cidade positivamente surpreendente, Bayeux, a 20 km do litoral, com uma catedral maravilhosa, rodeada por restaurantes agradáveis. Na catedral de Bayeux, tivemos a grata surpresa de assistir a um espetáculo de luzes e música noturno (depois das 10h30 da noite, por causa do verão francês), numa árvore em todos os sentidos cinematográfica. Ficamos hospedados numa pousada chamada Relais Saint-Loup, um B&B de um simpático casal, que nos fez nos sentir em casa, com um café da manhã na cozinha deles, com comidas deliciosas e uma boa conversa. O casarão foi construído em 1750! Veja aqui outros hotéis em que você pode ficar em Bayeux.
O que visitar na Normandia
Bayeux fica a 20km de Arromanches, uma das praias do desembarque. Lá tem o “Museu do Desembarque”, onde se pode conhecer a grande estrutura montada pelos aliados para desembarcar todo o arsenal bélico, inclusive com pontes retráteis com capacidade de desembarcar canhões nas praias. Na praia ainda há escombros daquela época.
Em seguida, fomos visitar alguns bunkers alemães, ou batteries, Longues sur Mer. Ficam no meio de uma linda pradaria, de frente para as grandes falésias normandas. Tem ainda os canhões e se pode ver a destruição dos tiros. Também um lugar superlindo e bucólico. Como, meu Deus, esse lugar pode ter presenciado tanta atrocidade?
Um lugar que me deixou especialmente emocionada foi o Cemitério Americano, onde estão sepultados 9.387 soldados americanos que morreram naqueles dias naquelas praias. Tem um museu bem interessante no início, o cemitério fica numa falésia em frente ao mar (a primeira cena do filme Soldado Ryan foi gravada lá). As milhares de cruzes e de estrelas de Davi tocam o coração de uma forma dolorosa. Para que a raça humana mata seus iguais sem motivo?
Almoçamos num agradável restaurante na praia de Omaha, talvez a mais famosa do desembarque. Em cada espaço da Normandia, uma recordação da guerra. Ela existiu, ainda existe. É uma dor na alma, mas uma forma de aprendizado. Será que conseguiremos superar isso?
Causam apreensão as dezenas de crateras no chão, formadas pelas muitas bombas que caíram ali e quase 100 anos depois ainda são uma marca indelével da guerra. Convivendo pacificamente com turistas e ovelhas.
Isso tudo foi feito num único dia, sem atropelos. No dia seguinte, fomos ao Memorial da Paz de Caen que citei no início. Um lugar imperdível, pelo menos 2 horas de história, sei que isso ficará marcado na alma e no aprendizado dos meus filhos. Para que o horror da guerra nos encha de louvores pela PAZ.
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Para começo de conversa: seu filho é genial! Que observação!!!
Realmente, a Normandia é um lugar emocionante, ainda mais por esse background pesado da história do mundo. Logo de cara, já reconheci o cemitério do filme do Resgate do Soldado Ryan. Também fico bastante emocionada… é isso, né? A gente viaja também para descobrir um pouco mais da nossa humanidade.