El Chaltén – onde o vento faz a curva
Pense em passar quatro horas num ônibus poeirento. Pense numa estrada em que não se enxerga viv’alma dentro do deserto. Pense em começar a ver, dentro desse mesmo ônibus, uma concentração de montanhas de pedra, isolada no meio desse nada. Pense num lugar onde o vento faz a curva. Pensou nisso tudo? Isso é El Chaltén, considerado por muitos como a capital mundial do trekking. El Chaltén fica no meio da patagônia argentina, a 4 horas (ou 225 km) de viagem de El Calafate.
Quando a gente chegou lá, a Lê pensou em entrar de novo no ônibus e voltar para a civilização.
Também, aquele vilarejo poeirento não podia oferecer grande coisa… Estávamos muito enganados.
Descemos do ônibus, quase fomos carregados pelo vento e fomos procurar uma hospedagem. Me desculpem, mas nem lembro do nome da pousadinha em que ficamos. Saímos e fomos direto para o primeiro sendero, ou trilha. Caminhamos umas 3 horas por lugares lindos e chegamos aos pés do Cerro Torre. Nunca tinha visto nada tão interessante… Uma tempestade no Cerro não nos deixava ver o pico, mas eu só ficava imaginando como deveria ser passar por aquela tempestade ali. Subimos, na verdade, engatinhamos um pequeno morro, porque o vento não deixava a gente ficar de pé. E vimos uma lagoa linda, com o Cerro Torre atrás.
Voltamos para El Chaltén para comer e dormir. Que frio era aquele?
No dia seguinte, mais uma caminhada, dessa vez até a laguna Capri, no caminho para o Cerro Fitz Roy. Que caminhada per-fei-ta. O dia estava bom, não tão frio, a paisagem es-pe-ta-cu-lar.
Quando chegamos à laguna, Xis e Bruno trataram de cozinhar um macarrãozinho delicioso, e nos fartamos de macarrão e chá. Pensamos: voltaremos aqui com nossos rebentos, que não tínhamos na época. Mas agora, certamente é um lugar a se levar os meninos. Mas vou esperar eles ficarem um pouco mais velhos, talvez quando Arthur tenha uns 9 e o Léo uns 6. Ao final desse dia, voltamos, cansados e felizes, a El Calafate. Nós só passamos 2 dias em El Chaltén, mas para quem gosta de caminhar e ver paisagens estonteantes, recomendo pelo menos uma semana. Certamente, é um lugar que fica para nossa história.
Em dezembro estarei por lá. Obrigada pelas dicas… Que pena q vc não lembra o nome da pousada que vcs ficaram lá…
Bjs e Boas Viagens!
Carla
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